A presença de sangue na urina é o que leva a maioria das pessoas com Cancro da Bexiga a procurar ajuda médica. Sintomas como necessidade frequente de urinar ou dor a urinar também são comuns em fases iniciais do Cancro da Bexiga, embora também sejam sugestivos de outras patologias, geralmente benignas, como uma infeção do trato urinário. Na verdade, a presença de sangue na urina também pode representar outro diagnóstico, como pedra nos rins. Por isso, é importante procurar assistência médica se notar alguma mudança fora do comum nas suas idas à casa de banho.[1] A deteção precoce do Cancro da Bexiga pode ter um impacto significativo no sucesso do tratamento.
O Cancro da Bexiga começa no revestimento interno da bexiga – um órgão oco em forma de balão no qual é armazenada a urina. O tumor surge quando as células que compõem a bexiga, as chamadas células uroteliais, começam a crescer de forma descontrolada.
O Cancro da Bexiga pode ser definido pelo seu estadio:
Existem vários tipos de Cancro da Bexiga, alguns mais raros que outros:
O estadiamento do Cancro da Bexiga determinará o prognóstico e o plano de tratamentos.11 Os estadios 0 e 1 são considerados Carcinoma da Bexiga Não-Músculo Invasivo (CBNMI), enquanto os estadios 2 e 3 são Carcinoma da Bexiga Músculo Invasivo (CBMI).12 O estadio 4 é considerado Cancro da Bexiga Metastático. O tipo e estadio podem ser determinados com base na extensão da doença.12
Estadio 0 | Estadio I | Estadio II | Estadio III | Estadio IV |
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Estadio 0 O tumor não foi além do revestimento interno da bexiga. | Estadio I O tumor cresceu para o tecido conjuntivo entre o revestimento interno e o músculo da bexiga, mas não se espalhou para o resto do órgão ou para o resto do corpo. | Estadio II O tumor cresceu no músculo da bexiga, mas não atingiu o tecido que envolve a parte externa da bexiga. | Estadio III O tumor cresceu fora da bexiga e perto de órgãos como a próstata, o útero ou um gânglio linfático, mas não se espalhou além do abdómen. | Estadio IV O tumor espalhou-se para fora da bexiga, para outras áreas do corpo. |
Embora os sintomas do Cancro da Bexiga possam variar de acordo com o estadio da doença, alguns sinais não devem ser ignorados:13
Os doentes também podem apresentar perda de peso ou fadiga. Se tiver algum destes sintomas, o seu médico pode recomendar-lhe uma série de exames, como análises à urina em busca de sinais de sangue, células cancerígenas ou outras substâncias características do Cancro da Bexiga.14 O seu médico também pode pedir uma tomografia computadorizada (TAC) para verificar se há sinais de cancro.15 A cistoscopia também é um exame complementar de diagnóstico comum neste tipo de doença: um urologista usará um tipo de sonda para inspecionar o trato urinário e a bexiga em busca de sinais de cancro. Se o urologista encontrar uma área suspeita, recolherá uma pequena amostra de tecido (resseção transuretral), para determinar o tipo de lesão.15
O Cancro da Bexiga é o 10º tumor maligno mais comum em todo o mundo.9 Entre todos os tipos de cancro, é o sexto mais frequente entre os homens e o 17º mais comum entre as mulheres.16 No geral, diagnosticam-se 550.000 novos casos de Cancro da Bexiga por ano em todo o mundo.17 Em 2020, a Europa foi responsável por cerca de 200.000 novos casos em homens e mulheres— aproximadamente 35% de todos os novos episódios de doença no mundo.18 No entanto, a taxa de sobrevida cinco anos após o diagnóstico é de 77%, dependendo do tipo de cancro e da sua deteção precoce.19
Existem alguns fatores associados a um maior risco de Cancro da Bexiga:8
Existem vários tratamentos para o Cancro da Bexiga, sendo que a sua indicação varia de acordo com o estadiamento da doença.24 Embora o Cancro da Bexiga tenha um prognóstico variável com base no estadio,25 a sua recorrência é comum.26 Por isso, recomendam-se exames regulares para controlar uma eventual recidiva da doença.24
Para além destes tratamentos, pode perguntar ao seu médico se existem ensaios clínicos disponíveis e se eventualmente há a possibilidade de se qualificar para um deles.
Receber um diagnóstico de Cancro da Bexiga pode ser assustador e angustiante. Neste tipo de situação, essas emoções são normais, esperadas e aceitáveis. Mas não se esqueça: tratar o Cancro da Bexiga não é apenas aderir a procedimentos médicos ou cirúrgicos ou tomar a medicação, é preciso encontrar o apoio emocional certo.13
Muitas pessoas diagnosticadas e tratadas com Cancro da Bexiga vivem vidas normais. No entanto, os tratamentos podem causar alterações significativas no seu estilo de vida, o que pode causar sofrimento emocional e trazer um período de adaptação – tanto físico, como mental. Para alguns doentes, é preciso aprender a viver com um saco coletor de urina na parede abdominal ou usar um cateter, por exemplo. Essas mudanças podem afetar a sua intimidade, vida social ou a sua relação com o seu próprio corpo.13 Dessa forma, pode ser extremamente útil ter alguém com quem possa conversar sobre as suas emoções. Seja franco com seus amigos e familiares e fale sobre o que está a sentir. Outra forma de superar as adversidades é abraçar as mudanças que pode introduzir na sua vida, começando pela aposta num estilo de vida saudável. Pare de fumar, reduza o consumo de álcool, opte por refeições equilibradas e faça exercício físico regular se possível. Estas atividades vão fortalecer não só o seu corpo, como a sua mente, devolvendo-lhe a sensação de controlo sobre a sua vida.29
Se desenvolver efeitos indesejáveis dos tratamentos, deve notificar o seu médico imediatamente, para que as dosagens dos tratamentos sejam ajustadas. Por outro lado, podem ser necessários cuidados de apoio.
A lista abaixo inclui exemplos de perguntas para o ajudar a iniciar uma conversa com o seu médico. Podem surgir outras questões relevantes com base nos seus sintomas, estadio de doença ou historial clínico que não estejam aqui listadas.
Na Europa, o Cancro da Bexiga é o 5º tumor maligno mais comum. Estima-se que até ao ano de 2030, cerca de 219.000 pessoas sejam diagnosticadas com esta doença por ano em toda a Europa.30
As pessoas com doença em fase avançada têm menores hipóteses de cura e sobrevivência. A taxa de sobrevida a cinco anos é de 35% e 5% em doentes com doença avançada ou com doença metastática, respetivamente.31 Isso significa que há uma grande necessidade de novas opções terapêuticas para o Cancro da Bexiga. Na Janssen, abraçámos esse desafio.
A evidência científica mostra que o diagnóstico precoce aumenta as probabilidades de sucesso.32 Nesse sentido, concentramo-nos no estudo das células uroteliais com vista ao desenvolvimento de novas terapias direcionadas – isoladas e em combinação – para melhorar os resultados e as hipóteses de cura.
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