A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é um grupo de patologias inflamatórias crónicas do trato gastrointestinal. Apesar de ser, por vezes, confundida com o Síndrome do Intestino Irritável (SII) ou com a Doença Celíaca, não são a mesma coisa. Embora estas doenças possam ter sintomas semelhantes, o que define a Doença Inflamatória Intestinal (DII) é a inflamação, um sinal que a distingue da SII. Já a Doença Celíaca é uma doença autoimune do intestino, causada por uma sensibilidade permanente ao glúten, um composto que pode ser encontrado no trigo e em grãos similares, obrigando os doentes celíacos a adotarem uma alimentação isenta de glúten.
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é o nome atribuído às doenças inflamatórias crónicas do trato gastrointestinal (TI).
O trato gastrointestinal (TI) diz respeito aos órgãos envolvidos no sistema digestivo. O TI digere, absorve e elimina tudo o que é ingerido pelo ser humano.
A Doença de Crohn (DC) e a colite ulcerosa (CU) são as formas mais comuns de DII.
Embora as causas da Doença Inflamatória Intestinal não sejam totalmente conhecidas, existem vários fatores que podem estar na sua origem: causas genéticas, ambientais ou desequilíbrio da microbiota intestinal, provocando uma resposta inflamatória por parte do sistema imunitário.
Ainda que o sistema imunitário seja responsável por combater doenças, em determinadas situações pode desencadear uma reação imunitária exagerada, causando inflamação. Na Doença Inflamatória Intestinal (DII), o sistema imunitário vê qualquer alimento, bactéria ou outros agentes como perigosos, ativando as células de defesa do intestino pensando que está a ajudar, quando está na verdade a causar lesão no intestino.
A Doença Inflamatória Intestinal afeta as pessoas de diferentes formas. Os sintomas variam dependendo da parte do sistema digestivo que está inflamada. No entanto, os sintomas da doença de Crohn e da colite ulcerosa são semelhantes e podem ser:
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) aparenta afetar homens e mulheres em igual proporção, e parece ser mais comum em pessoas com antecedentes familiares da doença. Apesar de não existirem dados oficiais em Portugal, as estimativas com base em estudos nacionais apontam para uma prevalência de cerca de 25 mil casos de Doença Inflamatória Intestinal em território nacional. Dados de 2007 estimavam uma prevalência de 71 casos por cada 100 mil habitantes para a Colite Ulcerosa e 73 casos por cada 100 mil habitantes para a Doença de Crohn.7
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) costuma ser diagnosticada entre os 15 e os 35 anos, embora possa surgir em qualquer altura da vida. Por outro lado, os fumadores são mais suscetíveis de ser afetados pela Doença de Crohn e fumar pode agravar os sintomas.
O diagnóstico da Doença Inflamatória Intestinal pode ser feito através da combinação de endoscopia (para Doença de Crohn) ou colonoscopia (para a Colite Ulcerosa) e estudos de imagem. Em ambos os procedimentos, o médico usará um tubo flexível com uma câmara acoplada para examinar o interior do trato digestivo em busca de eventuais sinais de Doença Inflamatória Intestinal. No caso da colonoscopia, o médico especialista usa um aparelho endoscópico chamado colonoscópio para observar o reto e cólon.8 O médico pode ainda pedir uma análise a amostras de fezes para descartar uma eventual infeção, bem como análises de sangue que podem ser úteis para corroborar o diagnóstico.
As opções de tratamento são semelhantes para a Colite Ulcerosa e para a Doença de Crohn. A Doença Inflamatória Intestinal ainda não tem cura, mas, quando é tratada, os seus sintomas podem ser atenuados. Em casos de doença ligeira, os doentes podem conseguir controlar os sintomas da doença através de uma dieta adequada e de um estilo de vida saudável. Para casos crónicos ou prolongados, pode ser recomendada terapêutica farmacológica, como por exemplo imunossupressores.
A Doença Inflamatória Intestinal grave pode requerer intervenção cirúrgica para remover partes do trato gastrointestinal envolvidas pela doença inflamatória, mas, graças aos avanços terapêuticos, hoje em dia a cirurgia é um procedimento menos utilizado.9 Por outro lado, a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa afetam diferentes partes do tubo digestivo e, por isso, os procedimentos cirúrgicos usados são diferentes para cada uma das doenças.
Uma pessoa com DII pode ter uma vida normal, mas terá que fazer alguns ajustes para promover uma adaptação mais fácil à doença.
Ajustar a dieta é um dos primeiros passos, sendo necessário estar atento para descobrir que alimentos dão origem a crises e, por conseguinte, devem ser evitados. É importante evitar alimentos que causem flatulência, comer quantidades moderadas de fibra e optar por refeições mais pequenas.10
Por outro lado, deverá estar atento à comida que ingere para que, no caso de ter uma crise, saber identificar os alimentos que podem estar na origem desses sintomas. O tipo de alimentos que pode irritar o tubo digestivo varia de pessoa para pessoa. Esse processo de identificação leva tempo, por isso pode ser útil ter um diário para registar os seus hábitos alimentares.
Se fizer sentido para si, informe a sua entidade patronal ou a escola que frequenta sobre o seu diagnóstico, para que a realidade à sua volta possa ser ajustada às suas necessidades e permita a sua progressão na carreira ou ensino. Se frequentar uma escola, por exemplo, poderá necessitar de mais tempo para terminar exames para poder ir à casa de banho. No caso de estar a trabalhar numa empresa, ficar em casa pode ser útil em situações de fadiga associada à DII.
Falar sobre a Doença Inflamatória Intestinal com o(a) seu(sua) parceiro(a) pode ser difícil, mas é essencial para um relacionamento bem-sucedido. A sua cara-metade deve estar ciente das suas limitações e de eventuais fatores de stress.
Um dos sintomas mais comuns da Doença Inflamatória Intestinal é a fadiga. É essencial descansar o suficiente e ter um sono reparador. Sendo o cansaço um sintoma invisível, deve explicar a familiares e amigos como se sente. Por vezes, será necessário sair mais cedo de reuniões ou recusar alguns convites. Ao longo do tempo, aprenderá a lidar com os seus níveis de tolerância e, eventualmente, tornar-se-á um especialista na gestão do seu tempo.
A lista em baixo inclui exemplos de perguntas para ajudar a iniciar uma conversa com o seu médico. Podem surgir outras questões relevantes com base nos sintomas, estadio e historial clínico que não estejam aqui listadas.
Na Janssen, sempre fomos pioneiros em investigação científica inovadora, procurando formas mais eficazes de transformar o curso das doenças imunomediadas, como a Doença Inflamatória Intestinal, de forma a apaziguar a batalha interna experienciada pelos doentes.
Os nossos avanços tecnológicos mudaram a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.
No futuro, queremos trazer opções terapêuticas mais eficazes para pessoas em estadios iniciais e ligeiros das doenças imunomediadas, mas também para quem sofre de formas mais graves deste tipo de doenças ou que ficou sem opções de tratamento.
O nosso objetivo é restaurar o equilíbrio das células de defesa do organismo através de um leque de terapêuticas inovadoras que afinem os travões ou bloqueiem os aceleradores do sistema imunitário. Futuramente, pretendemos usar essas abordagens farmacológicas para fornecer aos doentes resultados ainda melhores.
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A doença de Crohn e a colite ulcerosa são doenças invisíveis e, por causa do estigma à sua volta, milhares de pessoas sofrem em silêncio. É hora de falar e quebrar esse ciclo. Encontre as ferramentas de que precisa para abordar a doença inflamatória intestinal.
A Federação Europeia de Associações da Doença de Crohn e Colite Ulcerose (EFCCA) é uma organização que representa 39 associações nacionais de pacientes com as doenças referidas e conhecidas globalmente como DII. Estas organizações estão unidas pelo compromisso de melhorar a vida de mais de 10 milhões de pessoas que vivem com DII em todo o mundo (3,4 milhões só na Europa). O objetivo é dar-lhes voz e visibilidade.