Descobrir que se tem VIH pode parecer assustador, mas hoje em dia – graças aos avanços da medicina – é possível ter a infeção e viver com qualidade de vida. No passado, quem era diagnosticado com VIH temia cair no isolamento social. Hoje, as perceções da sociedade sobre este vírus criaram um espaço seguro para as pessoas com VIH. Com tratamento médico e cuidado emocional apropriados, é possível ter uma vida longa, relativamente saudável e feliz.1
O VIH é o Vírus da Imunodeficiência Humana e pode causar SIDA. O vírus ataca e destrói os mecanismos de defesa que nos protegem de doenças, 2 tornando as pessoas mais vulneráveis a certas infeções. Os linfócitos T são uma das células mais importantes do sistema imunitário, essenciais na luta contra bactérias, vírus, infeções e outros invasores indesejados.2
No entanto, quando o VIH se instala no organismo, este vírus ataca essas células, diminuindo o seu número. Sem tratamento, o número de células T reduz-se acentuadamente, aumentando o risco de infeções oportunistas que de outra forma seriam inofensivas.
O VIH não tem cura, mas pode – e deve – ser tratado. Quando não tratado, o baixo número de células T pode dar origem à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), uma situação grave que aumenta o risco de doenças mais graves e até mesmo morte.3
Os sintomas de VIH são facilmente confundidos com outras doenças. É crucial que quem se sinta em risco seja testado regularmente.
O impacto do VIH na vida dos doentes mudou consideravelmente ao longo dos últimos anos. Viver com VIH e com qualidade de vida é a principal preocupação nos dias de hoje.
Os sintomas do VIH podem variar de pessoa para pessoa e dependem da fase da doença.3 Existem três estadios principais do VIH: agudo, assintomático e sintomático/SIDA.
Somente se observam sintomas em dois destes estadios:
Aguda | Sintomática/SIDA |
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Aguda Esta fase ocorre nas primeiras 2 a 4 semanas depois de o vírus se instalar no corpo.4 | Sintomática/SIDA Se o VIH não for tratado, os sintomas podem tornar-se mais comuns e a infeção poderá progredir para SIDA.3 |
Aguda
| Sintomática/SIDA
|
Apenas um teste sanguíneo permite diagnosticar a infeção pelo VIH.4 Se pretender fazer um teste, deve saber que:
Existem três tipos de testes disponíveis:
Testes | Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)56 | Teste de antigénio5 | Teste de anticorpos5 |
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Testes O que é? | Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)56 Este teste é usado para detetar material genético do VIH, o chamado ácido ribonucleico (ARN). Esta análise de sangue pode detetar a infeção em fases iniciais. Tem um elevado grau de fiabilidade. No entanto, pode ser caro e mais demorado. É frequentemente usado em pessoas com sintomas graves ou que pertençam a um grupo populacional em maior risco. | Teste de antigénio5 Este teste procura proteínas e moléculas específicas que são produzidas quando o VIH se instala no organismo. Pode ser feito a partir de uma análise de sangue ou de um "teste rápido", através de uma pequena picada no dedo. | Teste de anticorpos5 Este teste procura apenas determinadas proteínas na corrente sanguínea. Todos os autotestes e a maioria dos testes rápidos enquadram-se nesta categoria. São feitos através de uma picada no dedo ou do esfregaço das mucosas (interior da boca). |
Testes Qual o período janela? | Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)56 Uma a quatro semanas após a exposição | Teste de antigénio5 18 a 45 dias após a exposição (testes rápidos demoram entre 18 a 90 dias) | Teste de anticorpos5 23 a 90 dias após a exposição |
Atualmente existem 38 milhões de pessoas em todo o mundo com VIH. Cerca de 2,13 milhões vivem na Europa.2
O vírus foi identificado em 1983 e atualmente todas as formas de transmissão estão bem identificadas. O VIH pode ser contraído através do contacto com sangue, sémen, fluido pré-seminal, fluidos retais e vaginais ou leite materno de pessoa contaminada.7 O vírus não é transmissível através do toque, tosse, espirro, saliva ou suor.
Estas são as quatro formas mais comuns de transmissão: sexo sem preservativo, partilha de agulhas, transfusão de sangue contaminado e transmissão vertical – quando uma criança é infetada durante o parto ou amamentação através do leite materno.
Embora qualquer pessoa possa contrair o VIH, existem alguns grupos populacionais em maior risco, aos quais são aconselhados testes de diagnóstico mais regulares:2
Atualmente, as pessoas com VIH ou SIDA têm mais hipóteses de ter uma vida longa e normal. O número de mortes por SIDA diminuiu 60% desde 2004 e o número de pessoas com acesso ao tratamento aumentou 67% desde então.8 Hoje em dia, a esperança de vida de uma pessoa com VIH que recebe tratamento é muito semelhante à de uma pessoa que não tem a infeção.9
Infelizmente, ainda não existe cura para o VIH. No entanto, existem tratamentos disponíveis que permitem viver e ter relacionamentos com segurança, sem o risco de transmissão da infeção.
Prevenção do VIH
Para os grupos em maior risco de exposição ao vírus, existem dois tipos de tratamentos que podem ajudar a prevenir a infeção pelo VIH:10
Tratamento para o VIH
Graças aos progressos da medicina moderna, hoje é possível ter um parceiro ou parceira, ter filhos e ter uma vida normal sem colocar outras pessoas em risco de infeção por VIH.
O tratamento do VIH é feito através da toma de terapêutica antirretroviral (TAR) – uma combinação de medicamentos usada para diminuir a presença do vírus no organismo.12 Para evitar que a infeção por VIH progrida para SIDA é essencial que o tratamento seja feito de forma regular. O tratamento do VIH é uma solução a longo prazo.
De uma maneira geral, a TAR não produz efeitos secundários e, quando surgem, são ligeiros. Os mais comuns são náuseas ou diarreia.
A TAR consiste numa combinação de medicamentos tomados por via oral ou eventualmente, por via parentérica (esta última de ação prolongada).
Quem faz TAR permanece assintomático e com níveis indetetáveis do vírus, ou seja, o VIH não é rastreável em análises de sangue, nem pode ser transmitido. 1213
A tolerância, a empatia e a solidariedade continuam a ser valores fundamentais na relação e na convivência com alguém que foi diagnosticado com VIH. Nas primeiras décadas da epidemia associada à doença, as pessoas infetadas com este vírus eram frequentemente rejeitadas e excluídas pela sociedade, o que gerou estigma e discriminação em torno desta doença, afastando muitas vezes os doentes seropositivos da procura de assistência ou tratamento médico imediato.14
Com cada vez mais tratamentos disponíveis – eficazes e bem tolerados – cuidadores, familiares e amigos podem caminhar lado a lado com os doentes rumo a uma vida mais saudável e sem manifestações de doença.
É normal que se sinta nervoso, apreensivo ou ansioso se é cônjuge, familiar ou parceiro de uma pessoa com VIH. Mas, como em qualquer parceria, é importante comunicar de forma aberta sobre os seus sentimentos. Graças à inovação científica, esta doença já não é desconhecida nem uma sentença de morte.14
A lista abaixo inclui exemplos de perguntas para o ajudar a iniciar uma conversa com o seu médico. Podem surgir outras perguntas relevantes com base nos seus sintomas ou histórico clínico que não estejam aqui listadas.
A Janssen está empenhada em encontrar tratamentos inovadores e uma eventual cura para o VIH/SIDA. Através de parcerias globais e avanços científicos, a Janssen concentra-se na criação de novos tratamentos e, eventualmente, no desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz.
Na Janssen, as nossas equipas trabalham incansavelmente para desenvolver abordagens novas e inovadoras, mas também para aumentar o acesso ao tratamento em países de baixo rendimento. A Janssen luta pelo fim do estigma associado ao VIH, uma condição viral com a qual se pode viver de forma saudável.
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O dia 1 de dezembro é o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA, e assinala-se com o objetivo de acabar com o estigma em torno desta doença, apelando à solidariedade para com os milhões de pessoas que vivem com VIH e SIDA.